terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Economia: Comerciantes reclamam de queda de 40% na arrecadação durante verão no Rincão

A situação não é das melhores para os comerciantes do Balneário Rincão. Depois da enchente do começo desde ano, e a não vinda de turistas de estados como Mato Grosso e Paraná, muitos proprietários de restaurantes estão contabilizando prejuízos com o Verão. Alguns até alegam uma queda na arrecadação de 40%.

O número é alarmante, já que durante os quase três meses de temporada, é onde muitos tiram subsídios para manterem suas atividades nos meses sazonais. É o caso de Flávio Dias, proprietário do Restaurante Verdão, situado na Zona Sul do balneário. Ele conta que com a falta de uma organização de eventos, e com os dias de chuva durante os fins de semana, muitos turistas deixaram de frequentar a praia. "Não vimos mais pessoas de outras regiões, como os gaúchos, que sempre consomem bastante durante os meses que ficavam de férias por aqui", completa Dias.

Ele lamenta sobre os preços acima da média dos aluguéis de imóveis e conta um caso onde o proprietário de uma casa queria o valor de R$ 10 mil para os três meses de Verão, mas como não tinha conseguido nenhum cliente até janeiro, acabou fazendo por R$ 3 mil. "Falta consciência das pessoas para atrair os turistas, e quem perde somos todos nós", ressalta.

Outros proprietários também reclamam da dificuldade que encontram para atrair o público para seus quiosques, que muitas vezes não podem colocar música ao vivo, e nem som mecânico, já que alguns moradores vizinhos dos estabelecimentos, tem o costume de chamar a polícia para terem seus sonos garantidos.


Em um dos quiosques, por exemplo, o proprietário de uma das casas próxima ao local, chegou a ingressar com uma ação contra o estabelecimento, proibindo o proprietário de colocar mesas no gramado que dá para frente de sua casa. "Tem coisas que acontecem aqui na praia que não tem como explicar. Esta de não podermos colocar nossas meses em nosso gramado é mais um caso que nos deixa com dúvidas de continuarmos com nossas atividades para o próximo ano", ressalta o dono que não quis de identificar, pois teme retaliações.


Por,
Maíra Rabassa
Jornalista

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