sábado, 27 de agosto de 2011

Artigo: Parem os sinos em Criciúma! Cidadão precisa dormir!


Há mais de 100 anos Criciúma acorda e dorme com as baladas dos sinos da Igreja da Matriz São José. Crianças nasceram, foram criadas e cresceram sem nenhum trauma por causa do som que os sinos fazem ao tocar pontualmente às 6, 12 e 18 horas. Todos os sagrados dias! Agora, de uma hora para outra, alguém estressado resolveu brigar contra uma tradição que faz parte da história da cidade, reclamando que seu rebento recém nascido não consegue dormir com os sinos que tocam às 6 horas da manhã.

E a polêmica foi gerada em Criciúma! Agora ao invés de cuidarem de suas vidas e acordarem para atender os seus filhos pequenos, os papais estressadinhos resolveram colocar a culpa no sino da Igreja. Será que não é o filhote que tem como relógio biológico acordar nesta hora para pedir comida ou, então, para trocar as fraldas? Tantos outros bebês foram criados ao redor do Centro de Criciúma e nunca vimos pais incomodados com o som das badaladas.

E quem mora perto da Rodovia do Trem? Vai fazer uma reclamação na Prefeitura de Criciúma pedindo para que a via férrea seja desviada dos fundos de suas casas porque não conseguem dormir por causa dos apitos gerados pelos trens que por ali trafegam? E as igrejas evangélicas (não todas, claro, e o assunto aqui não é religião certo, mas serve como exemplo)? Que têm cultos onde os berreiros dos irmãos são tão grandes que chega a ensurdecer Deus com os decibéis gerados em noites de orações.

Se a moda pega...

Fechem as danceterias. Acabem com a Festa das Etnias, pois quando for para o Parque das Nações (na Próspera), certamente terá algum mal amado que irá reclamar das músicas tocadas no evento. Acabem com todas as igrejas evangélicas. Joguem no lixo os sinos da Matriz São José. Arranquem os trilhos do trem que corta a cidade de Criciúma. Calem os torcedores do Criciúma Esporte Clube em dias de jogos para que as madames possam assistir suas novelas globais sem precisar aumentar o som da TV...

Quem sabe assim, aquele criciumense que não sabe viver em sociedade e quer morar no meio do mato, longe do progresso, possa dormir o sono dos justos! Mesmo que para isso, ele PARE a cidade ao seu bel prazer!

E blém, blém, blém para vocês!

21 comentários:

Maíra Rabassa disse...

E-mail que recebemos:

Em 28 de agosto de 2011 02:35, City Hall escreveu:
Em resposta a sua opiniao em 27/08/2011 19:39 "Parem os sinos em Criciúma! Cidadão precisa dormir!"

Decreto-Lei federal: 3688/41, Lei das Contravenções Penais — LCP
Perturbação do trabalho ou do sossego alheios
Art. 42 – Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios:
I – com gritaria ou algazarra;
II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais;
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem guarda:
Pena – prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa.
=============================================================================================
Lei federal: Lei 9605/98, Lei de Crimes Ambientais – LCA:
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana,
ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.
=============================================================================================
Art. 9 do decreto federal 6514 de 22/7/2008 prevê multa que vai de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$ 50.000.000,00
(cinqüenta milhões de reais), além da apreensão dos objetos, veículos e ferramentas utilizados para o crime contra
o meio ambiente. No caso do uso do som abusivo, podem ser apreendidos, portanto, tanto o som como o veículo do
cidadão barulhento, ou seja, as armas do crime.

A altura do som ouvido não é questão de gosto, mas de preservação da saúde humana e do meio ambiente.
Em outras palavras, quem produz barulho lhe machuca, cometendo, portanto, lesão corporal.
Você aceitaria que o seu vizinho batesse em você diariamente? Claro que não! Portanto,
não aceite que ele lhe “bata” com música alta ou outro tipo de barulho.

E vc publicamente faz apologia a esse crime, e ainda tira sarro de um individo defendendo sua familia e seus direitos.

Very smart of you.

Maíra Rabassa disse...

Minha resposta:

Boa tarde!
Desculpe, mas quem mandou este Email?
Infelizmente não está assinado!
E não é APOLOGIA, como você mesmo mencionou em sua resposta!
E sim uma forma de mostrar que a cidade tem muito mais outros "barulhos" que fazem parte da história do município e nem por isso gera tanta polêmica!
Acho que Criciúma tem outros temas mais pertinentes para se envolver do que numa questão do sino. Até porque, as suas "badaladas" não são feitas à noite. E conforme consta na Lei, qualquer barulho feito depois das 22 horas é proibido. E no caso dos sinos isso não acontece, não é mesmo?
E o que dirá as sirenes das ambulâncias? Então, teremos que impedir que estes veículos usem este sistema por "perturbar" o sono de alguém?
Mas, obrigada por seu comentário, e ele será publicado na íntegra em nosso Blog!
Att.
Maíra Rabassa
Jornalista SC 1886

Maíra Rabassa disse...

Ebaaa... alguém percebe o quão é importante o Badalar dos sinos!
Vc é mais uma daquelas pessoinhas que, observam e quão é importante, tudo que é do bem.
Um grande domingo e, que o badalar dos sinos soam em seus ouvidos com os sons de quem canta a musica dos anjos!
zeta machado - ambientalista.

Darmi Mika disse...

A um tanque cheio e uma casa com 10 filhos pequenos. Aí podem reclamar. Já disse. O sino que é aqui perto de mim me lembra Cristo na Cruz. Porque não param nesse horário das badaladas e pensem nele (Jesus) que fez e faz tudo por nós. Quem sabe se convertam e vejam a vida diferente. Ave Maria.

Maria Stella Milanez Cardoso disse...

Parabéns! Ótimo texto !!

Cristina Locks disse...

Sempre tem quem fala mal...Se falam até do sino da igreja...kkkk povo!! povo!!

Pina Vito disse...

maira tu é porreta mesmo, li a reportagem e aplausos p ti.... quer dizer que eu tbem vou mandar os carros que passam aqui em frente de casa dando freadas que moro nuna rua com transito intenso, tudo acostuma... bem como tu falou, tá é faltando comida p essa criança, acorda pais.......

Marcelo disse...

Em 28 de agosto de 2011 16:48, City Hall escreveu:

OK, tentarei ser dreve e justo Sra. Maíra Rabassa;


Seu comentario:

"Quem sabe assim, aquele criciumense que não sabe viver em sociedade e quer morar no meio do mato,"

Resposta:

Vc esta certa, onde ja se viu este indio que deveria estar no meio do mato, querento usofruir de sua cidadania, pior ainda na cidade, no centro da sociedade civilizada.


Seu comentario:

-""barulhos" que fazem parte da história do município " ou " Tradicao da cidade"

Resposta:

Posso mencionar varios exemplos que desmistificam seu pensamento: a discutida “farra do boi” e a tradição islâmica de mutilação da genitália feminina, queima de bruxas, pedofilia na igreja, entre outros.
mais e claro que nao vou, pois adoramos tradicoes.

"Tradicoes sao otimas nao e mesmo? Principalmente as catolicas."


Seu comentario:


E o que dirá as sirenes das ambulâncias?

Resposta:

Oque posso lhe dizer deste absurdo de sirenes de ambulancias, bombeiros e policia? Um MAL REALMENTA DESNECESSARIO.
Deveria ter uma lei que proibisse este veiculo de circular em vias publicas.


Seucomentario:

Lei do silencio começa depois das 22hs.

Resposta:
Este seu pensamento e realamente corretissimo.
Antes das 22hs a libertinagem deve tomar conta.

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Apologia é a justificativa ou defesa de alguma coisa.
A poluição sonora e crime, conforme artigo 54 da lei federal: 9605/98, Lei de Crimes Ambientais – LCA

Com se chama o ato de justificar e defender o ruido acima do permitido?


(Lei Federal)
Os limites de ruído são definidos pela Lei de Zoneamento.
Nas zonas residenciais, é de 50 decibéis, entre 7 e 22 horas. Das 22 às 7 horas, cai para 45 decibéis.
Nas zonas mistas, das 7 às 22 horas fica entre 55 e 65 decibéis (dependendo da região). Das 22 às 7 horas, varia entre 45 e 55 decibéis.
Nas zonas industriais, entre 7 e 22 horas fica entre 65 e 70 decibéis; Das 22 às 7 horas, entre 55 e 60.


Nível de ruído provocado (aproximadamente – em decibéis) - Fonte 1998 NEIT (New England Institute of Technology)

- torneira gotejando (20 db)
- música baixa (40 db)
- conversa tranqüila (40-50 db)
- restaurante com movimento (70 db)
- sinos de igrejas (83-110 db)
- secador de cabelo (90 db)
- caminhão (100 db)
- britadeira (110 db)
- buzina de automóvel (110 db)
- turbina de avião (130 db)
- show musical, próximo as caixas de som (acima de 130 db)
- tiro de arma de fogo próximo (140 db)

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Desculpe-me se lhe faltei com justica anteriomente.

Vc e jornalista desde 1886, you must be right.

So Sorry.

Marcelo.
Outro indio esperando nao ler + opinioes inteligentes e justas.

Maria Stella Milanez Cardoso disse...

so uma PERGUNTINHA, quem veio antes o sino ou o dito moradori, portanto ele sabia que o sino iria tocar as 6 ...venda o apartamento ( ou casa ) e se liga oh sem noção !!!

Tais Sutero disse...

kkkk nem dá para acreditar nisso !!

Juliano Nascimento disse...

Ótimo texto! realmente tem gente que não merece viver em sociedade...o pior é que se o tal do cidadão ali, for pro meio do mato, vai reclamar do passarinhos cantando de manhã cedo!!!!

Eduardo disse...

Vende teu APTO no centro e compra um sítio na 4° linha ;)

Carlos Filipe disse...

Bah! Tá na cara que o cidadão que disse que fizeste apologia ao barulho é o mesmo que reclamou à FAMCRI.

Como disseram os outros: Se não está contente em morar no Centro, venda seu apartamento e vá morar em um sítio, longe de tudo e de todos.

Ah, e se quiser vender o apartamento bem no Centro de Criciúma, pela metade do preço, eu compro!

Blém, blém, blém!

ANDRÉ ROLDÃO disse...

Realmente a Lei deve ser cumprida em todo o seu comprimento. Então devo lembrar de pesquisar também sobre o respeito às tradições locais, hábitos e costumes. As tradições são protegidas por Lei e o sino é uma tradição. Quanto à Farra do Boi, evoca outro princípio, que não é o teu caso. Mas dê andamento ao teu pleito, saberemos quem tu és e sentirás outra coisa: a repulsa das pessoas, muito mais dolorida que qualquer penalidade das Leis que citastes.

Rafael Bicca disse...

Pera aí Sr. Marcelo.... há limites a serem respeitados em uma conversa contraditória....
Vc acusar a igreja católica de ter como tradição a pedofilia é imoral, absurdo, ridículo e sem escrúpulos!!!
Nosso país tem, ainda hoje, a maioria de sua população dentro do catolicismo.
O Sr. está acusando a esta maioria de ser pedófila ou de ser conivente com este absurdo.
Falta-lhe, do alto de sua argumentação precisa com dados científicos e embasamento jurídico, a real noção dos valores que deveriam nortear esta conversa.
Não há instituições livre dos maus. Lamentavelmente não há filtro 100% eficaz contra mau caráter, charlatanismo e imbecilidade.
O que citaste como tradição é motivo de vergonha e deveria ser para todos nós, católicos, evangélicos, protestantes, umbandistas, judeus, muçulmanos, budistas, praticante de qualquer tipo de fé ou ateu mesmo.
Pq o absurdo da pedofila é cometido por um ser que deveria ser humano igual a nós. É um ser da nossa raça que comete este crime. Mais do que integrante de uma fé, crença ou religião. Mais que um partidário de qualquer coisa. É um homem.
Mas se tiveste capacidade de usar este argumento na conversa sobre o badalar do sino... não creio que compreendas a importância de certos símbolos para uma cidade.
Vais tentar adaptar a cidade às tuas convicções e vontades, e não tentar te adaptar à vida em sociedade e às tradições sobre as quais esta cidade se ergueu. E olha que não sou criciumense e moro aqui a alguns anos apenas. Mas como escolhi esta cidade prá viver e quero construir aqui minha família e meu futuro. Tento entender a compreensão que ela tem como sociedade e ver como me acerto nisto. Se o badalar da igreja é insuportável prá vc, seu filho e sua família... mude-se para outra região onde esteja preservado deste barulho. Eu já recusei excelentes apartamentos por serem em frente à Centenário. Não gosto do barulho da avenida e enquanto puder vou evitá-los.
Mas se for morar um dia lá... não vou poder modificar o trânsito da cidade pq meu nenê sofre de alergia ou não dorme por conta da rodoviária.

De qualquer forma, fica um abraço a todos e parabéns à Maíra por puxar este assunto!

Bardini disse...

Concordo plenamente com a leitora Maíra Rabassa, e faço das palavras dela as minhas e acrescento, vamos acabar com varias ruas de Criciúma e transformar em praças, cito Av. centenário, Rua Sta Catarina, Rua D. Pedro Silva, Rua Joaquim Nabuco, entre outras tantas, onde o barulho do tráfego de veículos é de 24 horas por dia e não só 3 vezes.

Tem um ditado que diz: “Os incomodados que se mudem”, afinal tenho certeza que o sino chegou muito antes do que os moradores atuais, e principalmente daqueles que estão se queixando.

Olhe o lado positivo do sino, você acorda uma hora antes e fica feliz pois sabe que pode dormir mais uma hora ou você é diferente?

Darmi Terezinha Gonçalves disse...

Parabéns Maíra. Moro na Rua São José, 440. E nunca o barulho do SINO incomodou a mim e aos meus filhos (um deles estuda o dia inteiro no energia e a até lá pelas 23:00 hs (cursinhos) e nunca escutei ele dizer ou reclamar que o SINO lhe atrapalhava). Ao contrário lembramos de Jesus. Jesus na Cruz.

Maíra Rabassa disse...

Realmente o que prevalece em toda a discussão sobre o tema é a tradição. O povo de Criciúma mostrou, nos depoimentos acima, que valoriza todas as manifestações culturais, religiosas, e seja lá o que for, ainda mais quando isso faz parte da história da cidade. É lamentável, que nem sempre, as pessoas saibam coexistir e aprender os costumes da terra onde escolhem para morar. E o caso do cidadão que reclamou e quer "banir" as badaladas do sino da principal Igreja da cidade mostrou que ele pouco se importa com o mundo que lhe rodeia, e simplesmente quer que todos nós mudamos para que ele sinta-se melhor. E nem sempre isso é possível. Então, que o cidadão que reclamou na Famcri sobre os sinos da Catedral, que leia todos os depoimentos aqui deixamos e tente relaxar e encarar que é muito melhor se adaptar a realidade do que criar conflitos aonde estava tudo quieto! Valeu galera pelos comentários aqui postados! Fiquei muito feliz em saber que não foi só eu que achou toda esta história um grande circo! =)

Anônimo disse...

Será que o fato é realmente pertinente ao sino da igreja ou você está com alguma desavença com algum vizinho de condôminio? Por que não direcione as críticas a pessoa, ou o local do fato?

Anônimo disse...

Artigo infeliz, e descortês.
Assim como o povo desta cidade, como você diz, a maioria e a favor deste NECESSÁRIO e IMPORTANTE barulho, mesmo que este a ferir alguém esta,
Fiquei pasmo pelo Sr. Zeta Machado se diz ambientalista a defender esta opinião errônea. Estes comentários, estão sendo lidos, e se você que não eh conivente com isto não der sua opinião, a cidade leva a culpa. Faca sua parte, cidadania não e só um direito, eh um DEVER.

Marcelo. (cityhall)

Eliseu de Souza disse...

Com relação, a lei do silêncio, o que dizer e fazer, no bairro onde moro, Pio Correa,quando todos vizinhos possuem mínimo dois cachorros, e parece que engoliram um caroço ou comem caqui, pois roncam mais forte do que motor de carro e é difícil conseguir dormir. E Ai, amigos vc vai comprar brigas com o visinho da frente ou do lado, que coincidentemente é Juiz, Juiza...
Sabe neste pais...as benesses das.. leis São para os amigos ..vc encara?
Por que brigar agora com igrejas e outras coisas que pelo menos cumpre algum papel social?

Abraços

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