Os servidores municipais de Nova Veneza vão paralisar todas as atividades da Prefeitura na próxima terça-feira. A decisão foi tomada em assembleia geral na noite desta terça-feira (07/06), quando foi rejeitada a proposta para acordo de negociação coletiva da categoria, feita pela administração municipal. “A insatisfação dos servidores é muito grande”, resume Maria Bárbara Teixeira Righeto, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma e Região (Siserp), que na manhã desta quinta-feira oficializa ao governo municipal de Nova Veneza, a posição dos trabalhadores.
A insatisfação dos servidores, ilustra Bárbara, vão desde o aumento real proposto pela administração, apenas 1%, passando pela incerteza de quando a Prefeitura Municipal vai cumprir a lei federal que estabeleceu o piso nacional do magistério e a elevação do menor salário pago, que o governo insiste em manter no mesmo nível do salário mínimo nacional (R$ 545,00). Para professores em início de carreira e com ensino médio a diferença para o piso nacional do magistério (R$ 1,187,00), é de 36,5%, ressalta a presidente do Siserp, e o governo não se dispõe em cumprir a lei federal, alegando esperar a publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF), a exemplo da posição inicial do governo do Estado, já abandonada.
“O governo de Nova Veneza sequer quer cumprir a lei estadual que fixa o salário mínimo de Santa Catarina em R$ 630,00 e além disso, se nega a rever a bolsa graduação, que continua em R$ 60,00, a conceder o abono de férias já pago em todos os municípios da nossa base e muito menos fixa prazo para encaminhar à Câmara projeto de lei para estabelecer o plano de carreira dos servidores”, explica a dirigente sindical. A paralisação definida para terça-feira em Nova Veneza vai anteceder uma assembleia geral marcada para o final do dia, quando os encaminhamentos da mobilização serão definidos. “Não descartamos a primeira greve dos servidores municipais da história de Nova Veneza”, avisa Maria Bárbara.
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