quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Comportamento: Famosos e anônimos e a luta contra o câncer



Inovador, inteligente, criativo, revolucionário, rico são apenas algumas palavras sobre Steve Jobs este gênio da informática morreu dia 05/10 vítima de câncer. A morte de Jobs reacende a velha discussão sobre a vida. O poder desde homem considerado um dos mais poderosos do mundo conseguiu derrotar a doença. O câncer que matou Jobs é o mesmo que levou Patrick Swayze, Luciano Pavarotti, Raul Cortez e com certeza mata milhares de brasileiros anônimos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), de todos os tipos câncer no Brasil o de pâncreas representa 2% dos casos, sendo responsável por 4% das mortes. Ele é difícil de ser detectado geralmente quando é descoberto já esta em estado avançado costuma matar 95% dos pacientes em 5 anos. O câncer é responsável por 15,1 % das mortes por doenças da população brasileira.
O assunto em questão nos leva repensar os nossos conceitos sobre as diferenças sociais quando falamos em saúde. A fama ou poder financeiro não foi nem será garantia de vida para ninguém, Steve Jobs leia-se Apple conhecido internacionalmente pelo seu talento ou João da Silva, desempregado, tiveram o mesmo fim. A diferença é que no caso de Jobs ele teve um tratamento especializado com os melhores médicos nesta especialidade enquanto o João da Silva tem o tratamento do Sistema Único de Saúde. E por falar em SUS o ex - presidente Luiz Inácio Lula da Silva esta entre os milhares de brasileiros na luta contra a doença. Interessante que no caso de Lula foi a reação da população virtual contrariados com a forma de tratamento surgiram várias campanhas nas redes sociais sugerindo que Lula fizesse o tratamento no SUS. O metalúrgico humilde que chegou a presidência da república cujo discurso “ eu sou do povo como vocês” , hostilizado pelos seus fãs,  quem sabe as atitudes dele como governante tenha transformado admiração dos brasileiros em revolta. Seja na vida pública ou no anonimato o fato é que esta doença aumentando a cada dia.
 A realidade é que ser humano tirando seus títulos ele continua sendo apenas um ser diferenciado dos outros animais pela capacidade raciocínio e civilidade. E que o status é  valorizado na era do “ter” é inútil principalmente quando entramos em questões cruciais.  A beleza e o talento de Reynaldo Geanicchini ou a popularidade da dama TV Brasileira Hebe Camargo, o ator e diretor Marcos Paulo a classe artística assumindo publicamente a luta contra a doença e incentivando as pessoas ajudarem as instituições e as pessoas que sofrem com este problema.  Sabemos que as condições financeiras de um trabalhador que recebe o salário mínimo diante de uma doença com esta é assinar o próprio atestado de óbito mas podemos acreditar nas promessas  das campanhas publicitárias sobre saúde pública , tudo tão funcional diferente da realidade.
Voltando a falar do câncer o mês de Outubro foi escolhido para simbolizar a luta contra a doença. O câncer que atinge milhares de brasileiras é o de mama e para conscientizar as mulheres foi  lançado o Outubro Rosa nas capitais brasileiras com objetivo de  prevenir e o diagnóstico prévio. Os principais pontos turísticos ficaram iluminados de rosa, o dia nacional do combate ao câncer é 27/11.  Algumas iniciativas interessantes nas redes sociais o blog Caçadoras de Bazar elaborou um concurso cultural incentivando o auto exame e a prevenção fez um sorteio de look rosa ; http://www.bazarembh.com.br/. A parceria do Instituto Avon e FEMAMA e o perfil no facebook.
É importante salientar que a vida é uma só e que as diferenças socioculturais não nos fazem melhores ou piores apenas diferentes. Essa diferença nos leva ao crescimento através do aprendizado, mas não podemos fechar os olhos para a questão da saúde pública. A diferença entre as classes sociais é sem propósito quando citada no aspecto humano obviamente que a situação do programa de saúde o qual é direito de todo cidadão ficou apenas no papel muito distante na prática.
Portanto se tiver algo que você possa fazer pelo próximo desperte a solidariedade que há dentro de você.  Participe das campanhas de conscientização você pode ajudar a mudar a vida de muitas pessoas. Esperar pelos governantes é o mesmo que aceitar a morte.

“Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa. Ir para a cama à noite dizendo que fizemos algo maravilhoso, isso importa para mim” Steve Jobs in The Wall Street Journal, 1993


Por,
Emanuela da Silva
Jornalista e Colaboradora do Blog

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