Já faz alguns dias que estou para escrever este artigo. Mas alguns problemas de saúde me tomaram o tempo, a energia, e tudo mais para fazer um trabalho completo e levar aos fãs desta grande banda o meu sentimento em poder ver ao vivo um dos maiores grupos rock/metal. Foi assim que tudo começou:
Dia 16 de março de 2010
Cinco horas de atraso. Um cansaço insuportável da viagem de quase quatro horas de Santa Catarina (Criciúma) até Porto Alegre (RS). Uma febre que não queria abaixar. Mas a teimosia foi maior - claro depois de ter pagado (R$), toda a insistência é bem-vinda. Público de quase 20 mil pessoas ansioso. Um vai-e-vem encima do palco. "Ainda estão montando o palco?" Exatamente! Quando chegamos no estacionamento da FIERGS, a equipe de produção ainda estava montando parte da estrutura do evento. Mas, nada fez o público arredar o pé do local. De repende uma voz surge no palco nos pedindo desculpas pelos transtornos, pois parte do equipamento da turnê havia sido perdido no Rio de Janeiro depois do forte vento que passou naquele fim de semana na capital carioca.
Desorganização da produtora
É lamentável que a produção de uma grande turnê como esta seja tão desorganizada. Tudo bem que houve perdas, transtornos inesperados. Mas, quando se organiza algo tão grandioso, toda a equipe deve estar preparada até para a possibilidade de uma tsunami. E se o show fosse no Japão? Ou no Chile? Quer dizer que iriam ficar se lamentando porque uma onda gigante molhou suas caixas de som, ou o palco caiu com o tremor de terras? Aqui fica a dica: Não contrate a tal de Time For Fun para organizar seu velório, correrás o risco de ao abrirem seu caixão ter o corpo de outra pessoa lá dentro.
Bandas gaúchas prejudicas
Tequila Baby e Rosa Tattooada eram as duas bandas do rock gaúcho que estavam escaladas para fazer a abertura do Guns N' Rose em Porto Alegre. Mas com as complicações por trás de toda a produção, perdas no Rio de Janeiro, atrasos, e por ai vai, tiveram os seus cinco minutos de fama prejudicados. Somente o Rosa Tattooada subiu ao palco, que mesmo sob vaias do público - no começo de sua apresentação - não deixou de tocar três músicas de seu repertório e marcar presença. Já o Tequila Baby - que por mim é uma grande porcaria - não subiu ao palco.
Sebastian arranha o português
Forçando o português, o vocalista do Skid Row, Sebastian Bach, disse: "Porto Alegre: nós estamos muito felizes de tocar aqui. Parte do equipamento foi destruído em Rio de Janeiro". O que era verdade. Inclusive o guitarrista Johnny Chromatic fez show utilizando a guitarra emprestada por Martin Andrade, do Rosa Tattooada. A banda entrou no palco depois da meia noite, sendo que a apresentação estava prevista para às 21 horas. Balançando seus cabelos loiros, ele ainda continua lindo. Sebastian cantou velhos sucessos como “I Remember You”. A performance do Skid Row levou pouco mais de uma hora.
Era quase duas horas da manhã, quando...
... Axl Rose subiu ao palco com o seu novo Guns N’ Rose. Luzes apagadas e um estouro de efeitos especiais abrem o show internacional em Porto Alegre depois de quase cinco horas de espera. Com a música “Chinese Democracy” o grupo inicia sua maratona de quase duas horas. Mesmo sendo de um álbum polêmico, e ainda pouco conhecido pelo público em geral, os verdadeiros fãs desta banda, que está há 25 anos no mercado, cantaram a todo pulmão a música que dá nome ao novo álbum.
Mas, nada melhor do que os clássicos. A segunda música, “Welcome to the Jungle” levantou a galera que se soltou, depois de horas de ansiedade. Até eu, que estava a base de paracetamol, fui levantada pelos amigos, e consegui dar os meus pulos. Ninguém mais lembrava dos atrasos. Nada mais importava. Estávamos todos diante da lenda viva Axl Rose. Três telões, um no centro e um em cada lado do palco permitiram que todos pudessem acompanhar bem o show dos americanos.
Além deles, duas grandes faixas verticais de leds davam mais vida a apresentação com as animações. E, não bastasse isso, ainda houve muita pirotecnia. Explosões, chamas e fogos de artifício agitaram as canções mais impactantes do evento, como “Live and Let Die”.
Slash? Agora eles têm DJ Ashba!
Três guitarras. Foi com esta trupe que o Guns N’Rose está percorrendo a turnê mundial. Mas, meus olhos se fixaram na apresentação de DJ Ashba. Solos que tiraram o fôlego do público. Estilo de correr pelo palco e brincar com os fãs fizeram todos deixar um pouco de lado a lenda Slash. Na introdução de “Sweet Child O’Mine” o moço mostrou a quem veio. Só quem esteve em Porto Alegre, ou em outras cidades brasileiras por onde o Guns passou, que poderá entender o meu sentimento diante de tamanho talento.
Valeu a pena!
Ê-ê!!! Como diria o cantor Falcão, do O Rapa. Valeu a pena! Muito por sinal. Mesmo diante a uma série de obstáculos que poderiam colocar tudo a perder, e a expectativa – no meu caso – de quase 20 anos para poder estar vendo um dos meus maiores ídolos, Axl Rose, nós NÃO DESISTIMOS! Ficamos até o fim. Cansados ou não, com dor e febre ou não! Mas, valeu a pena! E eu posso dizer: EU FUI NO GUNS N' ROSE!
Fotos do show de Porto Alegre clique aqui!
Fotos do show de Porto Alegre clique aqui!
3 comentários:
ótima matéria ma!!
nada como a visão de quem estava la
beijos
uhuhuuhu eu tbém estive lá, vc não falou do detalhe das roupas e do churrasco no copo hauahauahau
Foi lindo neh amiga, fiquei apaixonada pelo DJ Ashba!
O manto da Tha para proteger vocês do frio, o bendito churrasco no copo plástico, o roubo do sanbuba molhado por 10 reais, eu com febre, meu Deus... Loucurada!
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