domingo, 28 de junho de 2009

Morte de Michael Jackson: “O sonho acabou!”


Artigo

Tudo começou assim:

Por volta das 19h30min, do dia 25 de junho de 2009, meu pai me chama no MSN e diz:

Pai: Viu o Michael?
Eu: Como assim?
Pai: Ele morreu!

Primeiro achei que fosse uma pegadinha, mais uma daquelas que meu pai costuma me fazer para eu dar uma “barrigada”- termo que utilizamos no jornalismo para pauta furada, não verdadeira. Depois entrei no Twitter e a dúvida era a mesma de todos os meus seguidores: Michael Jackson morreu? Ninguém sabia se era mais uma fofoca como outras, ou se realmente o que os sites americanos estavam noticiando era verídico.

Corri e liguei minha televisão, coloquei nos canais de notícia, e estava lá a CNN Espanhola falando sobre a “suposta” morte do “Rei do Pop”. Eu ainda não estava crente da informação, e fui atrás de fontes seguras, acessei os sites do New York Times, BBC de Londres, e o site oficial do artista (que estava fora do ar). E os minutos passando, e a angústia pela informação me tomavam.

Nada ainda de certo, de real, apenas especulações. Busquei vários sites noticiosos de famosos, quando me deparei com uma foto de Michael entubado sendo levado de sua mansão em Los Angeles para o hospital. Foi então que minha ficha caiu, e realmente, o cara que eu cresci ouvindo e imitando os passinhos engraçados havia morrido.

Postei a informação no Blog Jovem e Atual às 20h20min, quando o irmão de Michael, Jermaine Jackson, anunciou a morte do irmão mais novo, e lá foi a manchete: “Morre Michael Jackson de parada cardíaca em Los Angeles” (
clique aqui para ver a matéria). Existem notícias que para nós jornalistas são estranhas, e até mesmo para quem não é, noticiar fatos que achávamos que nunca iriam acontecer, como falar que um astro como ele morreria.

Imagino o que sentiram os fãs de Elvis, Lennon, Bob Marley, entre outras estrelas mundiais da música. Eles devem ter sentido o mesmo que hoje milhões de fãs de Jackson devem estar sentindo: Uma mistura de surreal com pânico. Como declarou Lennon no fim dos The Beatles: “O sonho acabou!”

Sou da geração anos 80. Da Madonna, da melissinha, da poilana, do punk, do A-ha, do chiclete ploc, do rosa pink, do Prince, do “
We are the World” (1985) , do pogo-boll, dos “Gremmylins”, dos “Gunnes”, e de Michael Jackson. Em minha casa sempre tivemos muito estimulado o gosto pela cultura e pela música. Sou neta e filha de músicos, logo, o que era bom para nossos ouvidos, era tocado em nossa casa.

E sempre ouvi músicas do Jackson Five, assisti os desenhos deles na antiga TV Manchete – nossa, como sou antiga (risos). Vi quando lançaram clipes históricos deste cantor que não apenas marcará uma geração, mas sim toda a história da música pop, dos paparazzi’s, da invasão de privacidade, dos escândalos e tudo que circunda as estrelas do pop.

E quem não enlouqueceria no lugar dele? Desde os seus cinco anos de idade ter a sua vida vigiada por milhares de fãs e revistas sensacionalistas, por 365 dias por ano. Sem poder fazer coisas “normais”, como ir no mercado, cinema, shopping, entre outras coisas que pessoas comuns conseguem fazer sem ter um rastro de fãs e fotógrafos atrás de você.

Diante disso, entra toda a paranóia psicologia, que tomou também a vida da cantora
Amy Winehouse, que está sucumbindo com o uso de drogas – como o crack misturadas com o álcool. E com o Michael não foi diferente. Doente, com sérias complicações de saúde se viciou em morfina para poder seguir seu caminho de rei. Fora outras confusões que todos estão cansado de saber.

Mas, para mim o que fica é ele dançando, cantando, fazendo boas ações, como com a música
Earth Song onde fala para o mundo sobre o que estamos fazendo com a Terra de uma maneira dura, mas muito inteligente. E ele era muito esperto, ativo, e inclinado para estar sempre à frente de sua época. Então, que enaltecemos o que ele fez de bom, e que possamos deixar de lado a vida particular de um astro que nunca teve paz em sua vida, quiçá ser feliz por completo.

Clique aqui e acompanhe as informações sobre a vida e morte de Michael Jackson.



Por,
Maíra Rabassa
Jornalista Diplomada
Foto: Michael Jackson em Billie Jean

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