sábado, 23 de janeiro de 2010

Artigo: Carro popular não tem vez em casa noturna de Criciúma


Se você tiver um carro popular, mesmo que zero quilômetro e quitado (pago) não terá vez de ter ele estacionado com segurança em uma casa noturna de Criciúma. Para ter seu veículo com todo cuidado no estacionamento particular da casa, você precisa ter no mínimo um carro de última geração, que custe mais de 80 mil reais, e se tiver um importado então... Quem sabe ganhe até uma entrada VIP ou uma lavação de graça.

Ironias a parte, muitos frequentadores da casa Dioxxy de Criciúma estão insatisfeitos com esta prática discriminatória. A estudante Angelita Cardoso, tentou colocar seu carro (quitado), porém popular, no estacionamento da casa, mas recebeu a resposta dos seguranças de que o local estaria cheio. Até aqui tudo bem, se não fosse ela olhar no seu retrovisor um Capitiva entrar logo atrás dela naquele lugar que afirmaram estar lotado.

Poucos minutos depois, seu noivo chega, e também tenta colocar seu carro (que não era de três dígitos) no mesmo lugar, e recebe a mesma resposta, porém ao seu lado, um Honda Civic e uma Hylux entraram sem muito esforço. Indignado, ele atravessou seu veículo na entrada da casa e disse que iria esperar esvaziar para colocar seu carro no estacionamento, já que alegaram estar "lotado".

Como um bom chato ele não arredou o pé, ou o carro, e com isso trancou os automóveis de várias "celebridades" criciumenses, e sem saber muito o que fazer, já que o cliente estava coberto de razão, os mesmos seguranças que disseram que o estacionamento estava lotado, tiveram que ceder e abrir uma "pequena abertura" para o rapaz insatisfeito.

Isso é Criciúma! Onde o bacana tem regalias, e nem sempre paga suas contas em dia, e o cidadão que é honesto, paga suas coisas à vista e quer se divertir é barrado de colocar seu carro em um local seguro, onde somente rico pode ter este privilégio. Vergonha!

4 comentários:

Unknown disse...

Vamos estender essa questão: não trata-se apenas do estacionamento.O principio dessa falta de valores está no comportamento do nosso povo Criciumense. Todo mundo por aqui se acha muito importante e o nível de importância está quase sempre relacionado com o dinheiro. Logo, é normal fatos como esse ocorrem. Assim como carro popular não pega mulher na 1051.Tudo questão do comportamento coletivo.

PutzCri disse...

Liga não, Rabassa. A vingança da sofrida classe média virá ao natural. Em Criciúma, todo empreendimento voltado para a turma volúvel do dinheiro tem vida curta. Bundinha entra mas não gasta e a casa fecha. Aqui, putzdesgraçadamente nenhum veículo tem mais de dois dígitos (aliás vários tem um só - motinhos 125cc quitadas). A gente nunca foi na Dioxxy Lounge Bar, agora mesmo é que não vamos.

Maíra Rabassa disse...

Lamentável atitudes como estas. Taxar as pessoas pelo que elas usam, e não pelo o que elas são. Nem sempre quem tem uma roupa de marca, ou anda de carrão, é realmente alguém que irá consumir, ou então, que tem grana para gastar numa balada. É um cultura muito doida, como disse o pessoa do Putz, sobre as casas que são assim, e tem tempo de vida curta. Acho que ainda vão me incomodar muito por causa do artigo, mas alguém tinha que falar. Não é mesmo?

Unknown disse...

Adorei sua materia Maira, o mundo somente podera mudar se tivermos atitudes como a sua. porem as casas noturnas somete olham para a embalagem, mesmo que o conteudo da caixa esteja estragado eles aceitam.
Penso que uma fruta podre misturada com as que estão sadias contaminam todo o resto.
Enquanto tivermos empresarios com esta visão nunca teremos um local para podermos nos divertir com segurança.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails