Desabafo: Por favor, deixem-me se feliz!

As máscaras caem!!! Em 2005, fui diagnosticada com Síndrome do Pânico. Como repórter de política, sofri várias perseguições políticas, ameaças, ligações anônimas, até o dia que fui atacada na rua. Tentei segurar o máximo que eu podia o sentimento que estava me dominando a alma e o corpo. Até que no final de agosto daquele ano, simplesmente não consegui sair mais de casa.

Era um medo que me sufocada e eu tinha crises terríveis, que misturava falta de ar, dor no peito, vomito, choro, suor nas mãos e corpo, tremores em todo o corpo, eram crises que muitas vezes tive que ser levada para o Pronto Socorro, em uma delas minha pressão aumentou em menos de 5 minutos e ficou em 20/18, e outro, cai na rua, e meus batimentos cardíacos estavam em 200/min.

Foram 8 meses de agonia, dor, e lamentações: Onde eu errei? Por que eu estou passando por isso? E muita terapia, medicações pesadas. E aos poucos estou buscando um lugar no mundo, lugar esse que essa doença me tirou. E hoje, descubro que sofro preconceito por um dia ter tido essa doença, como se eu não fosse capaz de mais nada. Como se minha competência e capacidade de ser uma ótima profissional fossem quebrados por causa da doença.

E ouvi a frase: "A Maíra tá fora da casinha. Ficou doida"... Essa frase foi falada por um colega de profissão, e chegou até mim por uma grande amiga que ficou doida com o que ele disse. E juntando em miúdos, ele não é o único que me olha como se eu fosse uma louca que nunca mais poderia ter meu espaço, e por isso, ficam puxando meu tapete e me discriminando!

Só quero ser feliz. Seguir meu caminho! Então, aqueles que ainda estão do meu lado e acreditam em mim, eu digo: Calma, Deus tudo vê, e em breve estarei de volta e com toda força! Aos que me fazem mal, apenas lamento, pois esse é um tipo de doença que mais cedo ou mais tarde alguém de suas famílias poderão ter. E francamente, não desejo esse mal para ninguém, pois só quem sofreu um dia é que entende o que eu digo!