A bagunça no Hospital São Donato não gira apenas ao redor de possíveis falsificações de requisições do SUS ou desvios de verbas. O atendimento é uma comédia. Ou caso de polícia, no meu ponto de vista. Uma moradora do bairro Jaqueline, em Içara - que prefere não revelar seu nome por enquanto - contou que na última sexta-feira (16) levou seu filho para ser atendido na emergência do hospital.
O menino de 7 anos de idade sofreu uma lesão no braço direito e acabou fraturando o mesmo, conforme ficou constatado no Raio-X feito na instituição. A criança foi medicada e precisava de uma cirurgia, como afirmou o médico ortopedista de plantão. Mas, a família foi surpreendida com a seguinte informação: "Só vou poder fazer a cirurgia na terça-feira, que é quando são atendidos os pacientes do SUS. Mas, se vocês quiserem faço agora, mas tem que pagar R$ 2 mil pelo procedimento".
Como assim? Se fosse pelo SUS o menino teria que esperar quatro dias para receber o atendimento adequado, mas se a família pagasse, o garoto seria operado? Absurdo! Não satisfeitos com a forma que o médico queria resolver o caso, a família levou o menor para o Hospital São José, de Criciúma. No HSJ a criança recebeu as medicações, foi examinada pelo médico de plantão, e no outro dia pela manhã foi operada.
Segundo a família do menino, o médico que realizou a cirurgia no Hospital São José, informou que se o procedimento não fosse realizado naquela manhã (sábado, 17), a criança correria o risco de ter o braço amputado, já que parte do dedo menor estava começando a necrosar, devido a intensidade da fratura no membro.
Dinheiro? E a saúde? E a arte de curar? E o que significa para estes profissionais da saúde a palavra MEDICINA? Para muitos é uma máquina de extorsão de pessoas desesperadas para a cura. Uma baixaria. Até quando vamos conviver com isso?
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