Provavelmente esse rock nacional deve estar guardado ou morto na década de 80, que deprimente! Não temos muitos, mas temos vários, lugares para as bandas nacionais tocarem, em vez de usarem isso em beneficio próprio as bandas ficam fazendo covers, muitos covers, ou seja, desvalorizando o que elas mesmo almejam, se é mesmo que desejam esse reconhecimento.
Sinto falta das bandas que surgiam achando que suas ideologias e suas guitarras iriam mudar o mundo, pode parecer meio lúdico, mas foi esse sonho que fez o rock surgir no Brasil e assim essas bandas internacionais, que agora tanto são tocadas em covers, chegaram a nossos conhecimentos.
É como um elo com o vazio, tocar simplesmente por tocar, sem dizer alguma coisa, sem passar uma mensagem, ou é mesmo a completa falta de elo, pois criar uma identidade... É algo lindo reconhecer qual é a banda que esta tocando já nos primeiros acordes. Vocês, “covernistas”, não sonham com isso? Do que adianta reclamar depois que o povo não valoriza o que é da terra, se vocês mesmos não valorizam em seus covers e na falta de música própria?
Chegamos a um absurdo sem tamanho, compor em outra língua! Sinceramente isso, a meu ver, é tosco demais para merecer comentários. Costumo frequentar barzinhos, como Aotearoa, Manga Rosa, Aromáticos, Chopana, Ventuno, Kozumel, Drakkar, John Bull, e é isso, falta falarem a própria língua, usar do espaço que os rodeia.
Não estou falando para pararem de fazer covers, não façam isso! Na minha atual set list tem Joan Jett & The Blackhearts, Janis Joplin, The Who, Bestles, AC/DC, entre outros, também tem Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Jay Vaquer, Dado Villa-Lobos, Mutantes, Plebe Rude, e segue a lista.
Alguém mais vai a barzinho pelo simples e belo fato de sentir aquela energia da banda tocando, as conversas sem sentido rolando e todos rindo sem saber do que? Até mesmo para discutir o mundo, suas filosofias, e claro, sem esquecer do barulho do gelo nos copos de caipirinha! Oh, sensação boa! Mas façam isso no espaço que estão, já que é o espaço em que podem chegar.
“Você que sabe tudo, me diga como perguntar!” (Bossa – Cidadão Quem).
Que a boa música, seja qual estilo for, esteja com você!
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