segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do Amigo: Para muitos mais um dia, para alguns uma lembrança de pessoas importantes em nossas vidas!


Artigo

Você sabe que dia é hoje? Provavelmente não, pois não morreu ninguém famoso, não é feriado e o comércio não fez alarde.

Hoje é o dia do A-M-I-G-O! Aquela pessoa, que mesmo nos conhecendo tão bem e sabendo de todos os nossos podres, ainda assim consegue nos amar e estar ao nosso lado, compartilhar as nossas besteiras, rir de algumas piadas sem graça e dar apoio quando mais precisamos. Sem fazer apologia ao consumo de cerveja, essa
propaganda da Skol em homenagem ao dia do amigo consegue resumir bem a idéia de amizade.

Não consigo escrever sobre amizade em tom impessoal, sem citar meus sentimentos em relação aos meus amigos. Sem lembrar aqueles que estão morando longe de mim, cuja saudade tenta ser amenizada com telefonemas, mensagens no celular e conversa no MSN. Lembrar quem está perto de mim, que escuta meus lamentos e consegue rir das minhas trapalhadas, fazendo uma tarde modorrenta transformar-se no melhor dia da minha vida, simplesmente por um passeio ou por tomar uma cerveja comigo. Há ainda aqueles amigos virtuais que te enxergam por trás de um monitor, conseguem entender teus sentimentos e fazem companhia nas noites de insônia, nas tardes de chuva.

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor. Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências. A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. É delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí. E me envergonho, porque essa minha prece é em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer. Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que não desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!”.

Com toda a certeza, Vinícius de Moraes conseguiu sintetizar a essência do que sentimos por nossos amigos, ainda que nem todos saibam o quanto são imprescindíveis na minha vida e como eu os amo!


Por,
Bruna Borsatto Soratto
Acadêmica e Colaboradora do Blog

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