terça-feira, 10 de março de 2009

Artigo: Menino mimado e um carteiraço!


Artigo

Atitudes como estas deveriam ser banidas. Faz-me lembrar de um personagem da novela "Caminhos das Índias", onde o filho de Antônio Callone tem toda a cobertura do pai para cometer as suas atrocidades com pessoas que ele julga serem inferiores a ele. E sábado (07), em uma das festas da região, o filho de um deputado de Criciúma, tentou dar um carteiraço para entrar no evento. E uma das ameaças é de que o rebento mau-criado não iria deixar a festa continuar, já que ele é da Polícia Civil.

Constam vários processos por atitudes como esta, e até mesmo a tentativa de um estupro. A organização do evento foi "obrigada" a deixar o indivíduo entrar sem pagar a camiseta para ter acesso à festa. Acho isso ultrajante. Ele, como policial, deveria saber que os tais "carteraiços", só podem em determinadas situações (que estão bem claras em seus estatutos profissionais), e que eventos como este tem que PAGAR.

E por ter costas quentes, o jovem abusado continua dando as suas investidas de dono do mundo. E parece que ninguém está disposto a colocar um freio (ou rédeas - já que a atitude que ele teve é semelhante a um cavalo xucro) nos ímpetos de abuso de poder do cidadão. Faltaram palmadas na hora certa, agora, quem sabe tirar o registro de policial, e uns dias atrás das grades, não ajudem ao mocinho a ver que o mundo não gira em torno do seu umbigo!


Por,
Maíra Rabassa
Jornalista

10 comentários:

Maíra Rabassa disse...

Realmente é um absurdo que este tipo de abuso ainda aconteça por aqui! Isso lembra-me a era do coronelismo, onde os filhos de "tais chefões" tinham todo o "direito" de fazerem o que bem entenderem e as outras pessoas, por medo, abaixarem a cabeça. Com uma "espécime" dessa de policial, como a população se sentirá segura, protegida? Com certeza, não podemos ficar caladas ao ver uma pessoa assim causar tumulto, mal estar entre os organizadores e atrasar a entrada das atrações, vindas do RS especialmente para esta festa!

Bruna Soratto
Acadêmica de Jornalismo

Anônimo disse...

É, infelizmente, essa é uma realidade. A polícia com pouquíssima moral em virtude de alguns poucos como este cidadão (se é que dá pra chamar assim).
Falam da educação das grandes famílias nobres. Bem, este moço, de família tradicional, deveria ter sido educado por um velho senhor que conhecí na praia de Jaguaruna. Humilde pescador, mas com filhos educadíssimos, trazia na ponta da língua a ameaça certa aos deslizes dos rebentos: ah um galo de calipo nos cornos...
Não digo que a violência é o remédio. Mas acredito que, após um bom tratamento de choque quando pequeno, ninguém corre o risco de repetir a dose.
Antes de me crucificarem por aqui, já antecipo: criança merece sim umas palmadas, às vezes, e na bunda! Eu disse PALMADAS, de leve, daquelas que mais fazem barulho do que qualquer outra coisa, e não fio elétrico, mangueira, toalha molhada, chinelo, cinto ou qualquer outra ARMA!

Anônimo disse...

Que pena... nunca vai voar. Lamentável.

Anônimo disse...

Ultrajante, não há palavras para definir atitudes como esta e não bastasse a atitude ser hedionda, vinda de quem quer que fosse, o autor desta, trata-se de um policial. Deve ser vergonhoso para os pais saberem que o filho tem atitudes assim, pelo menos espero que os pais dele tenham vergonha, porque se for motivo de orgulho, então... A situação piora!! Filhos de pessoas abastadas ou de relevância social; pessoas que com certeza tiveram boa formação escolar, boa comida, roupas da moda, e que de repente esqueceram-se do básico: RESPEITO!! Não sei até que ponto os pais devem ser responsabilizados, uma vez que nossos filhos nem sempre seguem aquilo que lhes ensinamos e nem mesmo nossos exemplos. Uma sociedade que endeusa o ter, o poder, o estar, em detrimento do ser, daquilo que realmente é importante. Todos queremos morar bem, comer bem, estudar bem, andar de carro novo, mas não justifica sermos humilhados, acuados, agredidos por que ainda não estamos morando, comendo, estudando bem.. O "estar" é passível de mudança, já o SER, ah!!! Este é o que é, pra sempre e por mais camuflado que possa "estar" sempre ressurge. Nós sempre voltamos a SER o que somos. Que este indivíduo então que "está" policial, volte a "ser" humano!!!


Patrícia Borges

Unknown disse...

May.... adorei a matéria.
Soube falar do assunto, maravilhoso, concordo com sua opinião.

Meus Cumprimentos (rs)

Emanoela

Unknown disse...

Bá a Patrícia Borges, tava impolgada...
é isso ai Paty.
:)
May esse assunto repercutiu..... mexe com o nosso ser.....

Anônimo disse...

Maira como sempre ácida e inteligente ao extremo.Vc esta cada vez melhor! sou tua fã!

Maíra Rabassa disse...

Obrigada pessoal pelos comentários. Isso mostra que nem tudo está perdido. Pessoas como esta merecem nosso delicado desprezo. Se é que existe delicadeza em desprezar alguém (rs). Mas, enfim... Bom saber que muitas pessoas pensam como eu!

Maíra

Anônimo disse...

Ola Maira! Não entrando no mérito dos abusos cometidos por este jovem policial e, diga-se de passagem, já conhecidos em nosso meio, institucionalmente, posso dizer que ele sim teria prerrogativa para entrar mediante apresentação da carteira funcional e caso não lhe fosse autorizada, prender o responsável por tal atitude, pois todo evento com venda de ingresso/camiseta, inclusive este, sempre estarão sob fiscalização da polícia e são obrigados a terem alvarás. O que não se admite é que este mesmo jovem coma e beba sem pagar a conta, ou seja, sua condição de Policial Civil lhe assegura a entrada franca, inclusive armado, toda via o que vier a consumir dentro da festa terá que ser pago e no caso da festa em questão, até devolver a camiseta. O que virou rotineiro é este mesmo policial envolver-se em confusões de diversos tipos, mas para que isso cesse, lembro que temos corregedoria e fatos como este também podem ser comunicados ao delegado regional da respectiva região, mais precisamente nas delegacias conhecidas como Detrans e no caso dele, a de Criciúma.

Maíra Rabassa disse...

Olá "Anônimo"...

Acredito que a questão não seja o fato entrar ou não de graça no evento. Avalio aqui a falta de controle e o abuso de autoridade. Já que o mesmo ameaçou os organizadores de tal evento se não deixassem o cidadão entrar. Como jornalista, também tenho os mesmos direitos de frequentar evento públicos gratuitamente. E, nem por isso uso isso como meio para ter diversão, e tampouco faço disso uma arma, já que poderia falar mal de estabelecimentos que não me deixassem entrar. E que bom saber que o caso dele está sendo cuidado, e que estamos vendo que a JUSTIÇA é igual para todos, tendo ou não um distitivo policial! Isso prova que ainda existem pessoas éticas e honestas nos meios que nos dão segurança, no caso, a POLICIA CIVIL! Obrigada por suas ponderações, e continue acompanhando mais informações sobre o tema. Abraços.

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