quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Comportamento: Que tal ter cultura útil no horário nobre?!


Vocês já perceberam que nas novelas do horário nobre da rede Globo os jornalistas se resumem a caricatas envergonhando a profissão.  Fina Estampa temos a Marcela jornalista sem escrúpulos,ética e usa a profissão para chantagear as pessoas e ganhar algo em troca. Além dela temos a taxista que diz “jornalista das ruas” de posse de notebook e uma câmera ela resume a profissão em pequenos furos de reportagens. Insensato Coração , jornalista homofóbico, Kleber Damasceno usava as técnicas jornalísticas para denunciar a corrupção mas emitia a sua posição extremistas contra os homossexuais .

Na novela  Passione a jornalista Diana Rodrigues , mocinha ingênua, sempre enrolada pela vilã Clara, humilhada por Melina Gouveia, não tinha nenhuma característica da profissão.


Sabemos que a telenovela é acompanhada diariamente por milhares de brasileiros dentro e fora do país e tornou-se é um produto de exportação. No entanto, essa imagem que temos de algumas profissões, uma visão equivocada e fantástica traduzida como realidade. Não é comum vermos uma cena em que a empregada doméstica sai do trabalho e vai ao colégio, mas faz parte da vida muitas domésticas.

A novela dita padrões e moda na sociedade, entretanto o lado social das novelas é tão pouco aproveitado de forma positiva e quando há temas que desagradem à parcela dominante são extirpados da trama. Vários assuntos podem ser abordados para conscientizar a sociedade resta saber se é interessante despertar a curiosidade da população. O bom telespectador é aquele que aceita inerte os padrões definidos e infiltra no cotidiano seja através de palavras, gestos ou consumindo os produtos anunciados.  A televisão hipnotiza hoje e será pauta de amanhã nas rodas de amigos, colegas de trabalho, na internet, rádio, jornal, revista, blogs.

Com certeza um espaço produtivo que deveria ser aproveitado com olhar crítico e educacional muita coisa viria à tona se a novela não se limitasse a distorcer certos fatos sociais.
 
As diferenças sociais salientadas de uma maneira equivocada como a arrogância de Tereza Cristina e tia Íris odiadas, mas respeitadas pelo status na sociedade. Adolescentes com hormônios a flor da pele e o uso indevido da internet esse poderia ser um ponto a ser abordado. A violência familiar e a omissão das vítimas diante deste problema doméstico. A crescente onda de ataques aos homossexuais por jovens de classe média alta e a falta de punição dos mesmos.
Assuntos não faltam para ser jogadas em pauta, mas a ideia de que o brasileiro só quer ver cenas de sexo, violência e armações persistem como ponto chave das tramas. Desta forma temos as mesmas situações reproduzidas em horários diferentes sem novidade. Afinal de contas programas com aspectos culturais educativos são exibidos nas madrugadas ou pela manhã nos primeiros horários quando a maioria ainda dorme.    

Por,
Emanuela da Silva
Jornalista e Colaboradora

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é, Manú, muitas pessoas deixam compromissos para assistirem uma novela que muitas vezes mostra a ficção e não a realidade do povo, saem nas ruas no dia seguinte comentando se os amigos de seu ciclo viram o que aconteceu com àquela pers...onagem e fazem desta um modelo a ser seguido, e pior, estamos vivendo num mundo com pessoas sem opinião própria que não analisam e nem avaliam o que acontece no seu dia-a-dia, e ainda ficam na expectativa do que acontecerá no próximo capítulo e ainda ficam ansiosas para que chegue a segunda-feira para assistir mais um folhetim e aí se alguém comenta alguma coisa que lhe tirem a atenção, melhor é nem comentar. Marilene

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